
Ainda há muitos livros em francês a serem explorados pelo público brasileiro. Pensando nisso, o Clube do Livro da Francofonia, realizado pela Aliança Francesa, pretende discutir a aclamada obra “Sexy Summer” (2020), da autora franco-belga Mathilde Alet. O encontro virtual acontece no dia 16 de março, às 17h.
O evento acontece de maneira híbrida: parte do público participará pela plataforma Zoom, sendo necessário fazer inscrição pelo e-mail eventosmaison@maisondefrance.org.br; e quem quiser apenas assistir ao Clube do Livro, ele será transmitido, ao vivo, pelo canal do YouTube Escritório do Livro & BiblioMaison através do link: https://youtu.be/xLILuIsq6NE.
A história do livro começa com uma mudança. Juliette, 14 anos, é eletro-hipersensível. Em suma, as ondas a deixam doente. É por isso que seus pais decidiram deixar Bruxelas para uma “zona branca” nas Ardenas. De forma menos poética, parece um “buraco perdido”. Entre dois anos escolares, os três desembarcaram em Varqueville. O livro se abre no momento que a família da Juliette deixa a cidade, Bruxelas, no meio do verão, para viver num vilarejo perdido nas Ardennes belgas.
Enquanto seus pais pensam que a protegeram do mais grave, Juliette se olha e cresce em seu mundo, flutuando, entre a luz e a sombra. É uma bolha de aparente segurança que parece protegê-la temporariamente do mundo – das ondas, das dores de cabeça, da sua dor no coração, dos olhos dos seus camaradas – mas acima de tudo a isola.
Sexy Summer é uma história adolescente, com garantia de ser livre de mensagens de celular, e-mails e redes sociais. E não precisa de tecnologia para saber o estado de espírito peculiar desse período; entre a busca de identidade e a necessidade de pertencimento; ouvir as aspirações pessoais e o medo dos olhos dos outros; superação de preconceitos e conformismo. A eletrohipersensibilidade é um evento desencadeador original para encenar a turbulência, as guerras territoriais e os conflitos internos típicos desta época ingrata.
Uma grande sinceridade emerge do romance de Mathilde Alet. Os personagens são realistas, com suas qualidades, suas imperfeições, suas incertezas e o que mostram dependendo do contexto. Há uma ternura partilhada pela autora com os seus leitores, tanto que é com uma pontada no coração ao virar a última página.
Sobre a autora

Mathilde Alet é uma autora franco-belga. Nasceu em Toulouse, na França, e estudou direito na Alemanha e em Paris. Ela vive hoje em Bruxelas, na Bélgica faz 15 anos. “Sexy summer” (2020) é o terceiro romance da autora, depois do “Mon lapin” em 2014 e “Petite fantôme” em 2015. Com “Sexy summer”, Mathilde Alet ganhou o Prêmio belga Filigranes em 2020.